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PARQUE do Cocó

Por Glauber Sobral

Até chegar à regulamentação oficial, em junho deste ano, a história do Parque do Cocó foi formada por vários episódios, são eles: Parque Adahil Barreto, criação por decreto estadual do Parque Ecológico do Cocó e assinatura do documento de delimitação da poligonal em 1.571 hectares.

 

De uma pequena área de 10 hectares, em 1983, a narrativa do Cocó ganhou forças e se extendeu do Anel Viário, na divisa entre Fortaleza e Maracanaú, cortando 15 bairros da Capital, e chegou à foz do Rio Cocó, na Sabiaguaba.

Hoje, o Parque é uma Unidade de Conservação Integral e se adequa às regras de uso previstas ao Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC). Em sua magnitude, a área abrange uma diversidade de fauna e flora. Porém, nenhum levantamento aponta sobre a quantidade exata de espécies que adotam a reserva como habitat.

A floresta urbana também é ocupada pelos biomas da caatinga, dunas, manguezais e planícies flúvio-marinha e litorânea. Você vai encontrar aqui entre atividades de lazer, navegando no Rio e percorrendo trilhas, a narrativa de um Parque, que ao longo de 40 anos persistiu a uma cidade cada vez mais concreta e menos verde, ganhou protagonismo e conquistou os corações de muitos fortalezenses.
 

Expansão histórica do Parque do Cocó

Criação do Parque Ecológico do Cocó

​Em 5 de setembro de 1989, o decreto estadual número 20.253 cria o Parque Ecológico do Cocó, expandindo a área do Adahil Barreto para 1.046,22 hectares. No entanto, não houve a consolidação do Parque do ponto de vista legal (nenhuma lei deu proteção em sua extensão), o que gerou diversas invasões em seu entorno. 

Luta pela demarcação

 

Durante o ano de 2007, a Prefeitura de Fortaleza, após ter expedido licença para construção de um prédio vizinho ao Parque, entrou com um pedido junto à Câmara que propunha a realização de um referendo popular sobre a autorização de construção. Depois desse fato, o Ministério Público Federal entrou com uma Ação Civil Pública pedindo a demarcação da área e a finalização das desapropriações, que desde a publicação do decreto que criou o Parque Ecológico do Cocó não teve conclusão. Em março de 2008, o Governo do Ceará criou um grupo de trabalho para elaborar projeto de requalificação do Rio e promover a unidade de Conservação do Parque do Cocó. Mas nada foi posto em prática em relação à regulamentação do espaço.

Parque Adahil Barreto

 

As manifestações contra a construção do que seria a sede do Banco do Nordeste (BNB), em 1977, levaram as autoridades a delimitar a primeira área do Rio Cocó a ser protegida, em 29 de março do mesmo ano, quando foi declarada de utilidade pública para desapropriação. Em 11 de novembro de 1983, o decreto municipal número 5.754 deu a denominação aos 10 hectares delimitados de Parque Adahil Barreto.

Fonte: Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) |

Design: Lucas Casemiro.

Demarcação do Parque do Cocó

 

No dia 6 de maio de 2016 foi apresentado pela Secretaria de Meio Ambiente do Ceará (Sema), em uma audiência pública conjunta da Assembleia Legislativa e da Câmara de Vereadores de Fortaleza, o projeto de regulamentação do Parque do Cocó. Após 40 anos desde da primeira tentativa, em 4 de junho de 2017, o Parque Estadual do Cocó é oficializado pelo então governador Camilo Santana. Extensão: do Anel Viário, na divisa entre Fortaleza e Maracanaú, até a foz do rio Cocó, na Sabiaguaba, serão 1.571 hectares.

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